sexta-feira, 15 de julho de 2011

Expedição Machu Picchu - Uma festa em La Paz

Ao entregarmos o carro na locadora e pedirmos por um táxi, descobrimos que a rua do nosso hostel estava interditada para a festa do Gran Poder. Palavras do funcionário da locadora: é como o carnaval de vocês! Trata-se de uma festa religiosa e com a participação de inúmeros grupos folclóricos. Ficamos animados com a possibilidade de participar de um evento cultural típico logo na chegada à cidade. O único porém, é que o táxi nos deixaria um pouco distante do hostel e teríamos que caminhar com nossas mochilas. Pelo que entendemos o valor da corrida do aeroporto (próximo à locadora de carros) até o hotel deveria ficar em torno de 35 bolivianos, mas acabamos pagando 50 e ainda por cima sem chegar ao destino. Faz parte! Descobrimos como entrávamos na "passarela do samba" e saímos a procurar o hostel Copacabana, onde havíamos feito nossa reserva. Primeiro ponto: tivemos que andar pelo meio do desfile com nossas mochilas (cada um com duas) a ponto de virarmos em alguns momentos uma espécie de atração!


Segundo ponto: O povo senta das laterais da rua (bancos, arquibancandas, chão...) e bebe muita cerveja!!! Haja gente bêbada! Terceiro ponto: a festa não lembra nem de longe nosso carnaval! Mas estávamos na empolgação...


Achamos nosso hostel, tratamos de descarregar nossas bagagens e saímos para beber algumas paceñas (cerveja mais famosa) e curtir um pouco da festa. Foi bom durante um tempo, mas a dificuldade para locomoção e a impossibilidade de se conseguir um lugar para observar eram tamanhas que já torcíamos para que a festa acabasse o quanto antes. Tentamos ficar por trás da platéia, mas na maioria das vezes não éramos recebidos de forma calorosa... Apesar disso, gostamos da cidade e decidimos ficar mais um dia além do programado. Isso traria repercussões importantes no futuro... Os costumes na Bolívia são bem diferentes! Uma das coisas que mais nos chamou a atenção foi a maneira como carregam seus bebês. Você vê aquele amontoado de panos e de repente algo começa a se mexer... Levei alguns sustos. Só para exemplificar observem a foto abaixo. Acreditem! Dentro dessa bacia vermelha, no meio desses cobertores, há um bebê dormindo...


Noite caindo e a festa continuava. À procura por um restaurante acabamos descobrindo um loja de artigos esportivos abertas por trás das arquibancadas. Essa é uma dica quente para quem desejar bom artigos desportivos. O nome da loja é Salantay, mas não é muito fácil de descobrir isso. Fica na avenida Illampu quase em frente a uma loja mais famosa (e muito decepcionante) chamada tatoo. A dona da loja é muito simpática e os artigos de qualidade. Ela diz na cara: esse é cópia e esse é original. Os preços são infinitamente menores que no Brasil! Demos um bom lucro para eles... Encontrar um restaurante aberto não foi muito fácil. Eles fecham cedo, em torno de 21h. Descobrimos um bom restaurante onde tivemos uma excelente experiência. O prato principal foi steak de lhama com legumes refogados e batatas fritas. Parece carne bovina, um pouco mais branca...


Ao voltarmos ao hostel passavam os últimos grupos de dança. Agora nem precisava acabar!!! Nosso quarto era agradável. Banheiro com água quente. Duro era sair do banho! Após 2 dias dirigindo em estradas perigosas e uma tarde inteira de festa e algumas cervejas no juízo, hora de uma boa noite de sono. Dia seguinte teríamos que acordar bem cedo para uma grande aventura: downhill de bicicleta pela estrada da morte...

Um comentário:

  1. Comme toujours de belles histoires bien racontées... Un plaisir de te lire et revivre ces moments! Vivement la suite ;-)

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