sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Oriente Médio - Mar Morto

Acordamos cedo para tomarmos o café árabe antes do início de nossa viagem. Um dos melhores hommus sem dúvida! Pão, labneh (nossa coalhada), queijo feta, geléia, pimentão e os onipresentes tomate e pepino. Sem dúvida bastante diferente dos nossos hábitos matinais.



Terminado nosso café da manhã, a van já estava à espera. Ao todo seríamos 7, nós 3, uma brasileira, um inglês e duas taiuanesas. Nosso motorista era simpático e falava bem o inglês. A primeira parada foi Madaba. A cidade é famosa por seus mosaicos bizantinos, em especial o Mapa de Madaba que cobre o piso da igreja de São Jorge. Um terço de sua população é cristã grego-ortodoxa. Não há muito para se ver, mas a parada na cidade foi fundamental para o resto do dia, pois seguindo o conselho do nosso motorista, compramos o almoço por um preço bem acessível. No decorrer do dia encontraríamos apenas opções bem mais caras (e a Jordânia é um país bem caro, afinal um dinar jordaniano vale mais que o euro). Compramos Shawarma de frango com legumes e batatas fritas. A refeição vem em quentinhas que podem ser facilmente guardadas até a hora do almoço.







Nossa próxima parada foi a típica tourist trap, que diferente da maioria das vezes tinha um atrativo até que interessante. Primeiro entramos no local onde está sendo confeccionado o maior mosaico do mundo que retrata a estrada do Rei. Pudemos colar uma pedrinha com nosso nome e nacionalidade. Uma contribuição era sugerida, porém sem nenhum obrigação ou cara feia. Fizemos nossa doação voluntária.


Após o mosaico, passamos por um local com várias cenas da vida cotidiana dos jordanianos, tipos de habitações, histórias bíblicas e vestuário. Quando saímos, a armadilha, lojinha de mosaicos e tudo mais que se possa imaginar. Bom, faz parte de qualquer excursão passar por essas...


Mais alguns minutos de viagem e chegamos ao Monte Nebo, de onde supostamente Moisés avistou a Terra Prometida. Seria também o lugar onde teria sido enterrado. O que mais chama a atenção são as vistas que temos lá de cima. Existe um mapa que aponta a localização de muitas cidades, incluindo Jerusalém, porém Jericó é a única que se consegue enxergar, porém bem ao longe. Foi de lá que conseguimos ver o Mar Morto pela primeira vez, uma pontinha é verdade.





Antes de chegarmos ao Mar Morto, nosso motorista nos levou a um mirante com vistas maravilhosas. Há um restaurante no local, mas os preços são bem inflacionados, ainda bem que tínhamos sido avisados. Saboreamos nosso almoço antes de sairmos do Monte Nebo e a comida estava muito boa. Quando estava na hora de partirmos para o Mar Morto, dois companheiros de viagem resolveram pedir alguma coisa para comer. As taiuanesas ficaram revoltadas e reclamaram com o motorista que se apressou em avisá-los. O problemas é que estávamos bem em frente a eles e ficaram nos olhando, pedindo desculpas e quase engolindo sem mastigar. Mas o quê? Não fomos nós, somos legais. Não adiantou argumentar, o inglês pediu desculpa até o final...




Agora sim! Rumo ao Mar Morto. Existem diversos hotéis e resorts do lado Jordaniano e alguns clubes de praia como o que ficamos. A entrada custa 18 dinares jordanianos e dá direito ao banho no mar, lama negra à vontade e piscinas. Tem toda a infraestrutura de banheiros, restaurante, aluguel de toalhas e lojinha de conveniências. Enquanto trocávamos de roupa e passávamos protetor solar, o responsável pelo vestiário se aproximou com um um grande sorriso e começou a espalhar o protetor pelas costas do Thomas, que inicialmente achou estranho, mas enfim relaxou e saiu mais protegido que todos. Não sabemos se é um hábito local ou se ele gostou do Thomas mesmo... Brincadeiras à parte e sem nenhum preconceito, o povo jordaniano realmente é muito receptivo, simpático, atencioso e geralmente não espera nada em troca. Ao entrar no mar temos que ser cuidadosos devido à quantidade de pedras de sal. Outros cuidados são necessário como não mergulhar, não ficar muito tempo, não se afastar da margem... Acredite, siga atentamente essas recomendações, a quantidade de sal é impressionante e uma gota no seu olho vai fazer se arrepender profundamente. Após alguns minutos de flutuação dispensamos a lama e voltamos à piscina. Agora era aproveitar para acabar com aquele calor sufocante.










Quando estávamos prontos para retornar a Amã, onde estão as taiuanesas? Ficamos um bom tempo à espera, tenho certeza que se vingaram... Voltamos ao hotel e agendamos nosso transporte à Petra. Nossa cruzada estava apenas começando...

Um comentário:

  1. Cara, esbarrei no blog meio sem querer e tô adorando acompanhar essa viagem de vocês. Continue a escrever por favor. Estou indo pra Jordânia em novembro e quero curtir todas as dicas. Abraço.

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