quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Oriente Médio - chegando na Jordânia

  Nossa viagem ao Oriente Médio começou aproximadamente 1 ano antes do embarque rumo à Jordânia. Foram horas, dias de planejamento, discussão em grupo e muitas dúvidas em relação aos destinos. A instabilidade da região a cada momento criava novas possibilidades e fechava outras. Certo mesmo apenas os viajantes: eu, Joalbo e Thomas. 


Passagens compradas, destinos escolhidos, hotéis selecionados, era chegado o dia! Nosso primeiro destino seria Amã com conexão em Istambul, afinal voaríamos com a Turkish airlines. Minha primeira constatação foi a de que nosso principal aeroporto ainda está longe do ideal! Filas, péssima infra-estrutura, falta de preparo de funcionários... Voo lotado e tranquilo até Istambul, serviço razoável, nada excepcional. Nossa conexão em Istambul levaria "algumas" boas horas e precisávamos de um local para passar o tempo de forma confortável. Logo o Thomas, nosso viajante VIP, sugeriu irmos à sala especial do HSBC. Descobrimos que ele não teria direito a colocar nenhum acompanhante, mas poderíamos pagar e aproveitar da mesma forma. Eu e o Joalbo tentamos pagar em dólar. Nada feito, só aceitavam cartão de crédito do HSBC. 
- Minha senhora, se eu tivesse o cartão HSBC nem precisaria pagar, né? Tivemos que recorrer ao Thomas. Foram 50 liras turcas por pessoa, o que a primeira vista parece um valor muito alto, porém conhecendo os preços dos outros estabelecimentos, levando em consideração que ficaríamos bastante tempo por lá, que poderíamos comer à vontade, teríamos wifi e que o chopp era liberado (sem dúvida só pensamos nisso), o valor nem era tão alto assim. Nossa longa espera não foi sofrida como de costume. E lá fomos nós rumo à Jordânia. Brasileiros precisam de visto, porém ele pode ser adquirido no próprio aeroporto e custa 20 dinares jordanianos. Há caixa automático e loja de câmbio antes da imigração. É importante procurar os guichês específicos para quem necessita visto. Após passarmos pelo controle de passaporte, fomos atrás de nossas mochilas. Apareceu a do Thomas, a do Joalbo e nada da minha... Todos indo embora e nada da minha. De repente a esteira parou de rodar. Pronto. Já era! Eis que surge um funcionário com um grupo de argentinas e nos pergunta se éramos brasileiros. Com nossa resposta afirmativa, falou que um outro funcionário precisava de nossos passaportes para tirar cópias. Dá para imaginar a tensão de entregar nossos passaportes na mão de um cara que vai se afastando e some de nossas vistas? O que nos abordou primeiro veio e falou que era controle de narcotráficos e que minha mochila já iria sair. Narcotráficos? Fala sério! Olha a foto lá em cima, temos cara de traficantes?? Minha mochila saiu conforme anunciado... Após longos minutos o homem retorna, sai com a gente da área de desembarque, entrega nossos passaportes e vai embora. Ainda perguntamos como faríamos para ir ao hotel, mas o inglês dele era sofrível! Fomos atrás de um táxi, dissemos o endereço do hotel e o encarregado nos apontou o taxista e o valor. Tabelado, sem negociação e afixado nos vidros de todos os táxis. Perfeito! O tiozinho do táxi fumava como uma chaminé, largando cinza por todo o carro. Simpático, ofereceu seus serviços para diversos passeios, tudo tabelado! O problema é que dirigir não era seu forte. O aeroporto fica bem afastado da cidade e como chegamos bem cedo, tivemos a sorte de fugir do caos das ruas de Amã, uma cidade de poucas cores. 


Logo chegamos ao nosso hostel, Jordan Tower. Muito bem localizado e com equipe de primeira. Nem sei se dá para falar equipe, pois era o mesmo funcionário todos os dias, todas as horas... Apenas uma reclamação, pedimos um quarto triplo com banheiro, mas nos deram um sem banheiro. Pediram desculpa e disseram que no dia seguinte ajustariam (o que de fato aconteceu) e descontaram o valor a mais. O banheiro compartilhado era minúsculo e não muito atrativo, mas já vi e fiquei em coisa pior... Arrumamos nossas coisas e saímos para ver o que Amã tinha a nos oferecer, mas isso é assunto para outro dia...

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