domingo, 18 de dezembro de 2011

Egito - Luxor em 1 dia!

Nossa meta inicial era ficar 2 dias em Luxor. Pedimos para o pessoal do hotel ligar para o escritório da Egyptair para reservar nossas passagens para Sharm el Sheikh. Péssima notícia! Ou compraríamos a passagem para o dia seguinte (só restavam alguns lugares na classe executiva) ou teríamos que ficar mais 2 dias na cidade. Optamos pela primeira alternativa e conseguimos um tour privativo pela cidade por um bom preço. O dono do táxi que tinha nos levado até o hotel já tinha oferecido o serviço, porém não gostamos dele e conseguimos diretamente no hotel e por um preço mais interessante. Esperamos um pouco no saguão e de repente: surpresa!!! O responsável pelo nosso passeio era o mesmo cidadão! Fomos direto à Egyptair para comprar as passagens. Os preços pela classe executiva foram menores que os da econômica no site e com antecedência. Se alguém quiser arriscar...
Passaríamos o dia entre o Vale dos Reis, templo de Hatshepsut, templo de Karnak e templo de Luxor. Teríamos uma van à nossa disposição e uma guia com inglês fluente, a Gheda (grafia por minha conta e risco). Primeira parada: Vale dos Reis. Teríamos a oportunidade de ver 3 tumbas em melhores condições de preservação. Único inconveniente: não é permitida a entrada de máquinas fotográficas. A tumba de Tutankhamon pode ser visitada, mas deve-se pagar uma outra entrada exclusiva para isto. A Gheda nos disse que o estado de preservação não é dos melhores e as coisas mais interessantes já tínhamos visto no Museu do Cairo. Visitamos uma bem pequena, outra bem profunda e a última muito grande e bem preservada. Uma pequena explicação antecipada nos ajudou a entender algumas das gravuras. O Rodrigo ficou encantado com o Deus da fertilidade... Água, protetor solar e óculos de sol são essenciais. O calor é terrível e estávamos em época de clima mais ameno.




Não visitamos o Vale da Rainhas, pois a principal das tumbas (Nefertari) estava fechada para visitação. Entre o Vale dos Reis e o templo de Hatshepsut, visitamos uma loja de artigos feitos com as pedras locais. Acabamos comprando algumas coisas, mas é a típica tourist trap e no final os caras ainda querem a tal da baksheesh!


Seguimos para o templo de Hatshepsut. Rainha que casou com Tutmés II e que após a morte deste (seu enteado Tutmés III era uma criança) assumiu o trono e após alguns anos foi denominada como Faraó. Seu reino foi de tranquilidade e prosperidade e foi diversas vezes desenhada sem seios e com barba, uma espécie de truque para diminuir a figura da fragilidade feminina. O templo é grandioso, cheio de gravuras, porém não é preciso muito tempo para percorrê-lo completamente. Muitas áreas são inacessíveis aos visitantes. Mais uma vez valem as recomendações em relação ao calor.








Saindo do templo visitamos os colossos de Memnon. São duas estátuas gigantes que ficavam na entrada do túmulo do faraó Amen-Hotep III. O túmulo foi completamente destruído pelas inundações do Nilo.



Durante o almoço, Gheda nos contou um pouco sobre sua vida. Casada com um jornalista que ficava em casa cuidando das crianças quando ela arranjava trabalho. Vida difícil a de jornalista num país com forte censura. Mais uma vez falou sobre a dificuldade da poligamia nos dias atuais (Egito). Voltamos à cidade para conhecer o templo de Karnak. Levou mais de 2.000 anos para ser terminado e era dedicado ao Deus Amon-Rá. Há partes bem conservadas e o trabalho de restauração persiste nos dias de hoje. Grandes atrações são os obeliscos construídos sob a ordem de Hatshepsut, que ajudariam a tirar as energias ruins da terra e o escaravelho de pedra. Há uma lenda de que se você der 7 voltas ao redor dele, isso trará muita sorte. Mais um daqueles micos que não se paga sozinho...














Última parada seria o templo de Luxor. Já estávamos exaustos e era fácil tirar algumas fotos de fora, então foi o que fizemos. Aproveitamos para contemplar o pôr do sol no Nilo e para agradecer nossa guia Gheda. Foi altamente merecedora da baksheesh.






Ainda poderíamos fazer o passeio de feluca pelo Nilo, porém como tivemos que fazer todo o tour num único dia, acabamos ficando com pouco tempo para isso. Voltamos ao hotel e à noite saímos para jantar na cidade. A culinária realmente não é um dos pontos fortes do Egito. Comemos bem, mas nada de extraordinário.
Conhecer os pontos principais de Luxor em 1 dia é possível, mas pelo menos 2 dias seria mais aconselhável. Geralmente se faz em 1 dia a margem oriental, voltada para o culto da vida (Karnak, Luxor) e no dia seguinte a margem ocidental, voltada para o culto da morte (Vale do Reis e Rainhas, Hatshepsut). Dia seguinte partiríamos para Sharm el Sheikh, uma cidade à beira do Mar Vermelho, praticamente um balneário europeu no meio do Egito. Acabavam assim nossos dias de preocupações...

6 comentários:

  1. Muito legal! Estou acompanhando sua série sobre o Egito, lugar que está na minha lsitinah de próximos passeios! ;-)

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  2. Lá é muito legal mesmo. Com um bom planejamento e alguns cuidados, é uma viagem espetacular, mas agora é preciso esperar para ver no que vai dar toda essa confusão que está acontecendo por lá. É lamentável e tomara que as coisas melhorem.

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  3. Oi Cláudio! Tudo bem?

    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem. Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

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  4. Imensa honra fazer parte da viajosfera do Viaje na Viagem!
    Obrigado!

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  5. Excelente postagem, a gente se sente no Egitomao ler seus textos. Grande abraço, Luis.

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