Nossa chegada ao aeroporto do Cairo foi bastante tranquila. Malas na esteira, nenhum estresse na imigração e o responsável pelo nosso transporte para o hotel esperando na saída. Decidimos contratar o transporte diretamente com o hotel. Seria bem mais caro, porém nos daria mais comodidade e segurança nesse primeiro momento. Aproveitamos para sacar um pouco de libras egípcias (1 real = 3,4 libras) para nossos primeiros gastos. Infelizmente meu cartão de débito encontrava-se bloqueado. Serve de aviso: sempre pedir para desbloquear seus cartões (débito e crédito) antes de viagens internacionais. O problema é que eu tinha feito isso! Nada grave e resolvido com "alguns" reais gastos em ligação para meu banco no Brasil. Quando saímos em busca de nosso transporte propriamente dito, começamos a vivenciar uma das características mais marcantes e irritantes do país. Qualquer ajuda que receber, por menor e sem pretensão que possa parecer será cobrada de alguma forma (a famosa Baksheesh). Carregamos nossas malas, o motorista abriu a van, entregamos nossas malas a ele que por sua vez entregou a um terceiro que colocou a mala no bagageiro. Pronto! Juntaram pelo menos 3 pessoas a pedir algum tipo de ajuda. E o pior foi o motorista não fechar a porta por um bom tempo (parecia uma eternidade)! Era só o começo... Nosso trajeto até o hotel (Fairmont Nile City) foi rápido e sem intercorrências, mas pudemos perceber grande pobreza. Muitas casas inacabadas. Descobrimos que o simples fato de não dar os acabamentos finais poupa seus proprietários de taxas mais altas de impostos. Isso ocorria mesmo nas partes consideradas mais nobres. Mas a pobreza ainda estava lá...
No hotel, tivemos nosso primeiro contato com uma realidade onde "coisas" indesejadas podem acontecer. O carro, mesmo sendo do hotel, só pode subir após inspeção por cão farejador de bombas e para entrarmos apenas após passarmos por um detector de metais! Apesar de todo o protocolo, me pareceu somente um procedimento sem grandes implicações, afinal, toda vez que passávamos o aparelho apitava e ninguém vinha nos revistar. O hotel era muito bom! recebemos um upgrade e fomos tratados como V.I.Ps. Descobrimos de uma forma muito tímida que todas as bebidas (durante o dia inteiro) e comidas (durante certos períodos) eram totalmente grátis! Ah se tivéssemos certeza desde o início...
Devidamente instalados, pedimos um táxi e saimos para conhecer a cidade. Foi nosso primeiro contato com Mohamed que nos guiou em todos os passeios pelo Cairo. Mais uma vez o trânsito estava muito tranquilo e descobrimos que era o feriado Eid al-Adha, que celebra o final do Hajj (peregrinação à Meca). Funciona como o nosso natal. Se por um lado ajudou no deslocamento, por outro tivemos que adiar certos passeios como Museu do Cairo, pois encontrava-se fechado. Nesse primeiro dia fomos conhecer o Cairo antigo ou bairro cóptico. Os coptas são cristãos (ortodoxos e católicos) e são minoria da população que é composta 90% por muçulmanos. O passeio é interessante, porém falo sem grande entusiasmo, uma vez que temos bastante disso por aqui...Vale mais pela situação inusitada.
Notamos pouco policiamento nas ruas e isso foi confirmado por Mohamed: "Reflexos da revolução!" Além disso nada de semáforos funcionantes! Mesma justificativa... Após sairmos do bairro cóptico, decidimos entrar numa mesquita tradicional do Cairo. A Sissi, por ser mulher, teve que usar uma túnica que cobria todo o seu corpo. Foi a primeira vez na vida que nos sentimos celebridades. Notamos que alguns garotos nos seguiam com o celular na mão tentando gravar escondidos nosso passeio. Após algum tempo, perderam a timidez e pediram para tirar fotos conosco. É claro que aceitamos! Um após o outro vinha nos abraçar e fazer pose para seus amigos sorridentes a tirar fotos. Não foi a última vez...
Na volta para o hotel, Mohamed parou numa ponte sobre o Nilo para tirarmos fotos. Belo visual! Importante salientar que nesse primeiro dia, ele manteve o taxímetro ligado durante todo o trajeto e nos cobrou exatamente o que estava demonstrado lá. Combinamos o passeio para o dia seguinte. Pirâmides e mais alguma coisa do Cairo. Voltamos para o hotel, desfrutamos de nossas cervejas de graça. Até que o dia não foi tão tumultuado, tão caótico! Dia seguinte estaríamos diante de uma história de mais de 4.000 anos! Esperar para ver...
To acompanhando o relato hein!
ResponderExcluirVocês estão no Egito ainda ou estão postando de alguma viagem que já fizeram?
Depois gostaria da indicação do hotel que ficaram no Cairo!
Beijooos
Oi. Estivemos lá no início de novembro. Passamos 10 dias no total. O hotel que ficamos foi o Fairmont Nile City. Muito bom, bem localizado e com preço bastante acessível.
ResponderExcluirValeu pela visita. Vai acompanhando.
Bjo
Amei as fotos!!!!!
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