quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Expedição Machu Picchu - Trilha Salkantay: 3° dia, é festa!

Após temos percorrido 19 km no primeiro dia e 21 km no segundo, acordamos às 4 horas da madrugada com a promessa de que os 15 km à nossa frente seriam bem tranquilos. O pé do Jean estava um pouco melhor, e de qualquer forma não havia mais a possibilidade de cavalos daqui para frente. Dia de  despedida. De agora em diante, apenas o Soldado seria o responsável por nossa alimentação. Seus 2 ajudantes retornariam com os cavalos. Fizemos uma vaquinha em sinal de agradecimento (isso já é uma tradição e é largamente relembrada pelos guias). São pessoas bem simples e simpáticas e realmente merecem... Como poderão perceber pelas fotos, estamos em ambiente de selva. Calor, umidade e mosquito! Protetor solar e repelente são fundamentais! A altitude já não é mais um problema. Nesse dia fomos acompanhados apenas pelo guia Reynaldo, uma vez que o Oscar estava junto com o Ben, que não conseguia acompanhar o ritmo do grupo. Mais uma vez passamos pelo hotel de luxo para os mais sofisticados... Notem a diferença das instalações!!!





O caminho realmente é bem leve e nada comparado aos dias anteriores. Subidas pequenas e descidas discretas. Nossa caminhada deveria durar em torno de 6 horas até a hora do almoço. De lá pegaríamos uma van até o acampamento. A jornada é bonita e gostosa, porém sem grandes novidades para nós brasileiros. Paramos em 2 pontos de apoio e passamos por plantações de "coca" no meio da floresta, o que é proibido no Peru.








Nossa caminhada durou exatamente 6 horas! Nosso almoço seria, pela primeira vez, num local com estrutura razoável. E não faltaram Cusqueñas para quem quisesse... Estou falando da cerveja!!! O único momento de tensão foi quando anunciaram o cardápio: Ceviche! Todos se olharam... Comer esse tipo de refeição no meio de uma trilha é pedir para ter problema. Foi quando o Reynaldo finalmente anunciou: Mushrooms! Seria ceviche de cogumelos! Excelente como sempre!


Descansamos um pouco e pegamos nossa van para o povoado de Santa Teresa, onde acamparíamos. Quando chegássemos, poderíamos pagar 2 soles para que a van nos levasse até as termas. Nem tivemos dúvida! E quando voltássemos poderíamos pagar 5 soles e aproveitar um formidável banho quente!!! Estávamos no paraíso!!! O local das termas não tem infraestrutura alguma, mas foi bem agradável. Ao lado existem vários ambulantes vendendo de tudo que se possa pensar... Olhando agora, pode parecer uma muvuca total (e é!!!), mas aquilo foi como um presente divino naquele momento!!!



Ao voltarmos para o acampamento vimos um matadouro de gado em pleno funcionamento e com toda sua brutalidade... Seria difícil comer carne naquele dia...
O banho prometido foi um tanto quanto decepcionante. Era um fio de água morna que às vezes esfriava um pouco. No final, resolveu bem a situação. Fomos para o jantar, sonhando com uma comida vegetariana e demos sorte! Salpicão dos mais gostosos que já experimentei! Terminada nossa refeição, os guias nos explicaram sobre o dia seguinte. Poderíamos caminhar até chegarmos à hidrelétrica e de lá até Águas Calientes, ou poderíamos pagar 5 soles cada por uma van que nos pouparia o primeiro trecho. Desta forma, teríamos a possibilidade de acordar às 8h30. Alguém imagina qual foi a decisão unânime? Bom, é verdade que demorei a levantar a mão... Ainda bem que fui voto totalmente vencido!!! Mas não poderia dar o gostinho de dizer que optei pela van... Decisões tomadas, hora da festa!!! No pátio havia uma fogueira e o outro grupo já estava por lá. Noite de bebedeira e música com DJ com direito à dança folclórica com alguns meninos da cidade (mais soles de recompensa). Dia seguinte era aniversário do Jon e à meia noite cantamos parabéns (em português, espanhol, alemão e inglês) com direito a soprar velinhas...





Hora de descansar. Dia seguinte chegaríamos ao pé de Machu Picchu, objetivo maior de nossa viagem. Será que conseguiríamos após uma festa daquelas? Esperar para ver...

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