segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A doce (e difícil!) arte de viajar com criança!

Após 6 meses de planejamento era chegado o grande dia: Viagem em família!!! Seríamos eu (evidente), esposa, nossa pequena (então com 1 ano e 3 meses) e minha sogra.
Gosto de planejar, porém sempre deixo a oportunidade para mudanças de acordo com cada momento. Nesse caso em especial (viajar com criança nessa idade), tentei evitar ao máximo a chance de algo sair muito do controle.
Primeiro passo: chegar cedo ao aeroporto para tentar pegar lugares bem a frente. Já é difícil acomodar 1,90m naqueles assentos, imaginem com uma criança em seu colo. Pagamos caro por isso! Tivemos que matar o horário de sono vespertino da pequena e ainda por cima não nos deram os melhores lugares!!! Resultado: irritação infantil de difícil controle! Após muito sufoco com direito a choro incessante durante passagem pela alfândega, dormiu nos braços de sua mamãe. O carrinho que levamos para entregar na porta do avião serviu apenas como suporte para as bagagens de mão... Bom, isso já é um consolo!
Primeiro choro de outra criança e lá se foi o sossego! Correria pelo saguão até o momento do embarque prioritário. Hora de nos acomodarmos em nossos assentos, ou seria melhor dizer apertos? A disposição era 2-4-2 e como estávamos em 3 adultos e uma criança de colo, ficamos torcendo para que não aparecesse o quinto passageiro... Cada um que passava, suspiros de alívio. O movimento foi diminuindo e quando acreditávamos que estaríamos sós, eis que surge uma senhora com ar simpático a olhar para cima de nossas cabeças. Apelei para reza brava, mas ela se aproximava cada vez mais.
- Olá, esse é o meu lugar!
- Não diga! Esperávamos por você ansiosamente!!!
A essa altura tudo parecia perdido. E a pequena pulava de um colo ao outro, ignorando o fato de não termos espaço nem para nós mesmos. De repente surge uma comissária de bordo, olha para aquele nosso canto calamitoso e pergunta num sotaque lusitano que parecia música aos ouvidos:
- Estão todos juntos?
Resposta negativa e olhares conjuntos a denunciar a intrusa.
- Após a "descolagem" tem um outro lugar para a senhora para que a família tenha um pouco mais de conforto.
Tenho que admitir que a senhora era muito simpática e prestativa. Decolagem realizada e ela se preparou para a mudança. Peraí, cada a moça que prometeu mais conforto? O tempo passava e nem sinal dela. Começamos a sentir o cheiro de comida e o desespero foi aumentando. Abrem-se as cortinas e lá vem o serviço de bordo! Se ela servir antes da mudança será o nosso fim!!! Primeiro contato visual com a comissária e mandamos nosso olhar de gato de botas do Shrek!!! Lembram dele?



Não sei se foi bem isso, mas resolveu o problema. Agora tínhamos status de quase classe executiva!!! Os jogos da aeronave nos ajudaram a jantar. O período noturno nos dava a falsa impressão de que ela dormiria e teríamos uma viagem mais tranquila. Doce ilusão... Chegamos ao destino mais quebrados que de costume.
Começávamos uma jornada recheada de irritação por jet lag, dificuldades para alimentação, sono difícil e outros pequenos problemas para nossa pequena. Apesar disso tudo, adaptou-se rapidamente à nova realidade e posso afirmar que os momentos alegres e divertidos foram infinitamente maiores. Se eu repetiria a dose? Com certeza! Mudaria uma coisa ou outra, mas jamais perderia essa oportunidade de estar 100% do tempo em família. Afinal, isso não tem preço!

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