quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Oriente Médio - Petra, a penúltima cruzada jordaniana

Acordamos para nosso último café da manhã em Amã e advinhem: hommus, tomate, ovo, pepino, queijo feta salgado... Excelente, mas não é fácil para todos os dias! Pontualmente nossa van já estava a nos esperar. Nós 3 e mais 3 inglesas falantes. O motorista era um cara super culto, de boa conversa e principalmente boa direção. Desculpem, mas realmente não lembro o nome dele, mas deveria ser Mohamed, Ahmed ou Hussein, o que de qualquer forma não ajudaria muito. Parece que todos os homens são batizados com um desses nomes... Existem duas estradas para Petra: a antiga estrada do Rei e a nova estrada do Rei. A primeira parece ser interessante para quem tem tempo. Paisagens mais bonitas, bom mirantes... Como tínhamos um tempo relativamente curto, escolhemos a que iria direto ao ponto, sem rodeios. O trajeto levaria em torno de 3 horas. Estrada boa, praticamente uma reta. Fizemos uma parada bem no meio do caminho para bebidas (nada alcoólico como de costume na Jordânia) e lanche. Estávamos bebendo alguma coisa enquanto conversávamos com o motorista e percebemos muitas armadilhas para moscas, sabem aquelas tipo uma cola? No meio do deserto a quase 40 graus, existiriam moscas? A resposta viria em breve... Falamos que estávamos preocupados com algumas bombas que tinham caído em Beirute e na hora a cara dele se fechou: o Líbano não é um bom lugar, não é um local seguro! Seria a hora de por em prática o plano B? Voltamos para o carro. Lembram das armadilhas de moscas? Ao entrarmos na van, tinha tanta mosca que nem dava para falar nada! Ouvimos o motorista falando entrem no carro rápido e abram as janelas! Foram uns 15 minutos tensos em que cheguei a acreditar que seria carregado por elas para fora do carro! E se querem saber mais, todas as janelas e portas da van haviam ficado trancadas!!!
Finalmente chegamos em Wadi Musa que é a cidade em torno de Petra. É uma cidade sem grande atrativos. Tínhamos reservado um hotel (Petra Guest House) baratinho e que parecia próximo à entrada para o sítio arqueológico. Para nossa surpresa era um mega hotel e ficava bem na entrada de Petra, o que é muito importante quando se sabe o quanto se anda lá dentro...




Depois de devidamente alojados, partimos para a visita. A entrada não é nada barata, sai 50 dinares jordanianos para 1 dia e aumenta apenas um pouco se quiser para 2 ou 3 dias. Então fica a dica: se desejar passear por lá mais de 1 dia, compre logo o ingresso para os dias certos é economia importante. Para quem não está hospedado (bate e volta desde Israel) o valor é mais salgado, 90 JD. Lembrando que o dinar jordaniano está valendo mais que o euro. Preparem-se para andar! Além de longas distâncias o calor é terrível e existem muitas subidas e caminhos acidentados. Se achar que não dá conta pode contar com os burros, cavalos, camelos, charretes... Fomos caminhando mesmo. Muitas construções vão aparecendo. Os Nabateus foram os responsáveis pela construção de Petra. Entre grandes conhecimentos de engenharia, tinham o domínio sobre maneiras de transporte e armazenamento de água.



O sol deu uma pequena trégua quando entramos no Siq que é um corredor de pedras que nos levaria até o tesouro, que todos esperam ver quando pensam em Petra e que foi tão divulgado no Filme Indiana Jones e a última cruzada. E quando avistamos, realmente percebemos o motivo de tanta expectativa. Vejam em algumas fotos os dutos laterais que seriam por onde a água escorreria até a cidade.








A partir desse ponto a caminhada se torna muito mais cansativa. A cidade é enorme e para os que se aventuram até o final existe a vantagem de sobrarem poucos corajosos para atrapalhar as fotos. O último e também bastante imponente e visitado monumento é o monastério. Visitamos tudo em aproximadamente 5 horas. Nosso esquema era de ir andando, tirando fotos, descansando e seguir andando. Para os que gostam de saber cada detalhe de cada pedra de cada monumento, recomendo pelo menos 2 dias de passeio, lembrando que a entrada é sempre a mesma e para chegar ao monastério vai ter que passar por todos os outros novamente... Existem diversos locais que vendem lanches e bebidas (comemos chocolate Twix e suco de laranja), mas é bem mais caro como era de se esperar. Melhor levar tudo comprado fora. Após o monastério há várias placas indicando the best view, escolha uma (escolhemos a more than the best) e aprecie belos cânions... Hora de voltar. Descer sempre é mais fácil (inclusive para lesões de joelho é bom lembrar). Rever o tesouro e fazer a saída triunfal pelo Siq.






Chegamos ao hotel e após 3 dias sem bebidas alcoólicas, conseguimos beber uma cerveja!!! Uma não, 4! Só não perguntem o preço porque é quase proibitivo... O hotel tem uma área externa bastante agradável, com wifi e bebidas. Durante nosso Happy Hour conseguimos agendar nosso passeio do dia seguinte que seria o deserto de Wadi Rum. Nossas caras antes e depois dos chopps expressam bem como foi nosso dia... Exaustos, mas felizes! Que venha o deserto...






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