sábado, 2 de abril de 2011

Cachoeira da Fumaça - Chapada Diamantina, Bahia

Essa foi uma das trilhas que não fiz em 2004. Na época em que fomos, chovia bastante e optamos por deixar para a próxima vez. Carnaval de 2011, era chegada a hora! Saimos cedo para evitar o sol muito forte em nossas cabeças. O início do caminho fica próximo ao povoado de Capão. Não é complicado ir sem guia, principalmente em dias de grande movimento. Optamos por chegar à cachoeira por cima. Existe uma trilha por baixo, mas é necessário dormir na trilha (geralmente são 3 dias de caminhada). Só é permitido iniciar a subida antes das 13h e é preciso descer até 16h. Fizemos a identificação obrigatória num posto da associação dos guias e iniciamos a subida. Apesar de no geral a trilha não ser muito pesada, guarde bem as energias no começo, pois esse trecho é complicado! O clima ajudou um pouco, estava nublado. Vá no seu ritmo curtindo o visual, sem pressa! Para que a pressa afinal?





Encontramos diversos pontos de venda de bebidas. Imaginar esse povo subindo com o isopor lotado de coisas é aterrorizante! Os preços são bem acima do normal, mas dá para entender... Nosso guia explicou que em grande parte do tempo a cachoeira fica com pouca água e não se vê o efeito fumaça característico da queda. Como havia chovido bastante nos últimos dias, provavelmente iríamos curtir a verdadeira cachoeira da fumaça! Em dado momento tivemos que atravessar uma espécie de rio e fiquei empolgado para testar minhas botas impermeáveis. Detalhe: a água vinha quase até o joelho e não há bota impermeável que resista!!! Devia ter tirado antes...


Faltava pouca para o grande objetivo! Mas não antes de atravessar outro rio e comer um pastel de palmito de jaca para recompor as energias. Não sei se era a fome e o cansaço, mas achei muito bom!



Após 1h e meia de caminhada, chegamos à garganta da cachoeira da fumaça. O ponto de onde podemos contemplar o espetáculo é um pouco acima e fica numa pedra suspensa no ar. O grande ritual é deitar nessa pedra e colocar a cabeça para fora, olhando lá para baixo. Alguém deve segurar suas pernas. Haja confiança! Demorei um pouco para criar coragem... É a sensação mais estranha que já tive! É lindo não há dúvida, mas a vertigem que se sente... Parece existir uma voz que chama. Outras pessoas falaram a mesma coisa. Tem uns malucos que ficam de pé na beirada e apesar da orientação dos guias, insistem em permanecer assim.







De repente, o local começou a ficar cheio. Era hora de iniciar a descida. Mais paisagens para curtir. Almoçamos no restaurante Casa das Fadas. Excelente opção! Comida maravilhosa e com um visual de tirar o fôlego. Dizem que o final do dia é mágico, mas infelizmente não ficamos para ver.


Fim de aventura! Uma  reconfortante experiência após a decepcionante Pratinha. Quem sabe na próxima não crie coragem para encarar a trilha por baixo? Motivo para voltar? Sempre tem...

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