Mais uma vez pulei o café da manhã turco e parti para a rua. Se quiser curtir a cidade na sua essência, acorde cedo para fugir da multidão. Saí por volta das 7 e fui direto para a Torre Gálata de onde se tem o melhor panorama da cidade.
É preciso atravessar o Corno de Ouro (Golden Horn - parte do estreito de bósforo que divide o lado europeu em dois). Existem pontes com essa finalidade e a mais famosa é a Gálata, onde pescadores se espremem para lançar seus anzóis.
Cheguei bem cedo na torre. Tem um café providencial ao lado e tratei de me alimentar. Tomei mais uma vez o tão falado Çai (chá em turco - o ç tem o mesmo som que o nosso tch). A altura me impressionou e logo pensei que seria terrível ter que subir pelas escadas (a altura corresponde a 9 andares). Ainda bem que o arquiteto que a projetou em 1348 deixou lugar para se colocar um elevador. Estava bem feliz a apreciar meu Çai quando ouço um burburinho e percebo "centenas" de japoneses saindo de todos os cantos. Nada contra, mas eles estão por todas as partes na Turquia e vão se infiltrando nos melhores lugares e acabando com toda calmaria que se possa imaginar. Tratei de engolir meu chá e me apressei para ser o primeiro da fila. A vista vale a pena, porém não há a menor possibilidade de curtir de forma tranquila. O espaço é mínimo e não se pode parar por muito tempo. Tratei de fazer minhas fotos e corri dali.
Andei um pouco sem rumo e decidi fazer um cruzeiro pelo Bósforo. Optei por ir até Anadolu Kavagi, última cidade no estreito pertinho da união com o Mar Negro e situada na Ásia (não atravessei pela ponte como pretendia, mas tirei uma foto por baixo dela). No total seriam 6 horas de passeio. Barco de turistas onde as criaturas corriam para pegar o melhor lugar no topo da embarcação. A maioria era de idosos. Fazia um frio de rachar e o passeio foi ficando incômodo. Aqueles que correram no início começaram a procurar abrigo do vento. Fui um dos últimos a resistir em prol dos meus registros fotográficos, mas quando estávamos bem próximos ao Mar Negro tive que me render e descer para a cabine.
A chegada em Anadolu Kavagi é no estilo Ilha da Fantasia. "Patrão, patrão... O avião". No nosso caso, o Barco! Gente correndo para nos interceptar e oferecer as melhores refeições da região. Os turcos são muito alegres e simpáticos e apesar do grande apelo exploratório, a cidade não perde o charme de vilarejo.
No alto da cidade existem ruínas de uma fortaleza que oferecem um visual indescritível! A subida é bem pesada!
Após descer, sentei num restaurante, bebi uma cerveja, comi um kebab e fiquei de bobeira por um bom tempo. A volta foi menos incômoda. Recomendo o passeio! Para quem não quer perder tanto tempo há cruzeiros que ficam em torno de 2 horas circulando pelo Bósforo, passando pelos palácios e mesquitas mais famosas.
Uma coisa impressionante em Istambul é que há Mesquitas para todos os lados. Cada uma mais grandiosa que a outra.
A estação Sirkeci é bem modesta para quem guarda a fama do Expresso do Oriente.
Chegando ao hotel percebi que todas as camas estavam ocupadas. Tratei de correr para o banho e fiquei rezando para não precisar novamente após o furacão passar por lá... Dia seguinte partiria para Goreme na Capadócia...
Claudio, fico muito feliz com suas vivências! As fotos são lindas e me orgulho de ter um irmão que tira fotos maneiras...rs. Qdo eu crescer quero ser assim! Bjos e boa viagem sempre!
ResponderExcluirNossa Cacco, você tem tudo pra lançar um livro!!!
ResponderExcluirparabéns!!!!