domingo, 30 de maio de 2010

Goreme - Capadócia

Acordei cedo para encontrar meu grupo para o tour. Café da manhã de qualidade com diversidade muito grande.
Não sou chegado a esses programas de turismo em que saímos para lugares pré-determinados, sem muito tempo para aproveitar e com armadilhas "pega turistas" a todo instante, porém o percurso todo seria de aproximadamente 180 km, o que logicamente não seria possível fazer a pé. Foi um mal necessário! Ônibus lotado, partimos para o passeio. Ao meu lado, um simpático japonês. Consegui arrancar 4 palavras durante as 8 horas em que estivemos juntos: ok, yes, Tokio e hi (nem sei se é assim que se escreve, mas se pronuncia assim com certeza). No final das contas cheguei à conclusão de que era uma versão japonesa de mim mesmo, afinal quem me conhece sabe que não sou de ficar falando muito.
Na primeira parada, Goreme Panorama. Visual incrível da cidade! Impressionante notar que em cada rocha daquela sempre havia uma entrada onde as pessoas moravam... Formações provenientes de uma grande erupção vulcânica. Só para relembrar, essa região já foi dominada por inúmeros povos e os cristãos que viviam por lá (e eram muitos no início incluindo a Virgem Maria, São Paulo e São Jorge - este último nasceu na Capadócia), sempre foram perseguidos! Dessa maneira procuravam abrigo nas cavernas com difícil acesso. Percebam que em cima das aberturas de entrada, existem pequenos buracos, onde criavam pombos que eram utilizados como correio para evitar deslocamento de pessoas em tempos de invasão.



Primeira armadilha:
- Essas lojinhas que podem ver são de comerciantes tradicionais da cidade e seus produtos são 100% autênticos! Palavras de nossa guia Manshure. Coincidentemente, os valores também eram 100% mais caros...
Tempo suficiente para fotos, partimos para a cidade subterrânea de Derinkuyu, uma das maiores e mais conservadas. Tais cidades serviam com o mesmo propósito das cavernas: proteção! São 8 andares subterrâneos com os mais diversos cômodos. Dizem que comportavam até 40.000 pessoas! Tudo muito rústico, mas consegue-se imaginar exatamente como eram. No começo a descida é tranquila, porém a coisa vai diminuindo e para uma pessoa da minha estatura fica bem incômodo. Se tiver claustrofobia não entre de maneira nenhuma! O pior fica reservado para a subida. Em certo momento pensei que não conseguiria. A posição é terrível, quase a "4 patas", e a minha mochila com equipamentos fotográficos pesados não ajudou muito.


Quando chegamos ao andar anterior à saída a guia falou de uma escola subterrânea, porém tratei de sair daquele lugar o mais rápido que pude e curti um pouco da superfície em volta.


Grupo novamente reunido era chegada a hora de conhecer Ihlara Valey, um cânion gerado por um grande terremoto (a Turquia está na junção de placas tectônicas e isso a torna um lugar bastante instável e com grande propensão a esses fenômenos).



Caminhada de 1 hora na margem de um rio até chegar ao local onde almoçaríamos. Agradável, mas sem grandes méritos gastronômicos. Após algumas horas sem abrir minha boca ao lado do Hiro (nome fictício), consegui uma boa conversa com um casal de velhinhos australianos. Oh sotaque difícil! Nas pedras em volta, muitas cavernas. Em algumas delas podíamos ver pinturas religiosas. Nessas pinturas, os olhos parecem nos seguir quando mudamos de posição. Por esse motivo vocês podem notar que todos os olhos foram riscados pelos muçulmanos que se sentiam desconfortáveis (click na foto para visualizar melhor). Isso acontecia em todas as igrejas com motivos cristãos!




Descanso merecido e fomos ao local de um monastério encravado nas rochas onde, segundo alguns, foram gravadas cenas do filme Star Wars.



Na volta, a segunda armadilha! Iríamos conhecer a fabricação de pedras preciosas. Imaginei a cilada e não deu outra: nos levaram para uma loja de pedras e jóias caríssima! Tinha vendedor falando todas as línguas. Tratei de ficar caladinho para não aparecer ninguém falando português...
De volta ao hotel fiquei a contemplar o cair da noite de cima do hotel e reservei meu vôo de balão para o dia seguinte. Deveria estar acordado às 4h. Tratei de me recolher na minha caverna luxo. Ansiedade pelo dia seguinte...


2 comentários:

  1. oláa claudio..agora não me faltará motivo de conhecer a turquia sempre tive vontade...lindas suas fotos que lugar heinn adoreiii..pergunta sei falar o japones..rss..mas qual a lingua que posso ,e comunicar melhor na turquia??...lógico sem ser o arabe..kkk

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  2. Gabi, o melhor mesmo é no inglês. Japonês acho que só na lojinha de pedras! Quanto ao árabe, eles nem falam mais. Após a queda dos sultões e início da República com o Ataturk eles passaram a falar turco. Árabe só nas preces e eles nem entendem muito (perguntei para alguns).
    Bjo.

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